sábado, 8 de dezembro de 2018

Perdão


O simples ato de perdoar e de pedir perdão. Desembaraça os emaranhados caminhos, traz leveza ao coração, permite ao rosto sorrir novamente. A culpa pesa sobre os ombros, torna as palavras ásperas, oculta o amor. É no perdão que há libertação, que o rio volta a jorrar, que a água se torna límpida e pronta para beber. No perdão há saciedade, não sequidão. O corpo tem movimento, os pensamentos seguem seu curso. A falta de perdão é pedra no caminho, é sempre criar desvios onde antes era passagem. Por isso, perdoa esses trajetos tortos por onde te fiz passar. Sem cenhos franzidos ou corações abrutecidos, andemos. A ausência de perdão é paralisia, é dor constante. O perdão é saúde. No perdão, ambos perdemos a nossa própria razão para recomeçar. É o milagre do renascimento brotando entre nós. Sem dívidas, sem saldo, partimos do zero. Sem vencedor ou perdedor. Ambos novamente na corrida, lado a lado. Que o perdão nos cure e nos enriqueça. Mais longe de nós e mais perto do outro. Sem outros nós, que não o do amor. Vamos, é libertador o perdão.

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